Boas a todos!
Abri este tópico para vos contar como a dança oriental mudou o meu corpo e a minha mente. Tudo começou há cerca de 5 anos, uma prima minha afastada, minha amiga, incitou-me a inscrever-nos em aulas de dança oriental. Ora eu não achava piada nenhuma a andar de barriga á mostra, eu sempre convivi mal com o meu corpo...mas lá no fundo, no fundo, eu gostava daquela dança e resolvi experimentar.
Inscrevemo-nos no ateneu de Lisboa, tivemos aulas com Mohammed El Masseri, que eu estranhei pois as alunas vinham vestidas com roupa de espetáculo, ou seja, tops cheios de enfeites, saias esvoaçantes...e eu de calças de fato de treino e t-shirt de Rammstein, e a minha prima com indumentária semelhante. A dada altura tive de puxar a camisola pra cima para "se verem os movimentos" como dizia o professor. Aquilo fez-me uma tremenda confusão, senti-me nua eheheh. Para piorar, o professor disse que estava pra breve o espetáculo de final de ano do Ateneu, pelo que iriamos começar a treinar a coreografia a ser apresentada, para além disso, quem não tivesse fato, que arranjasse. A minha prima ficou radiante...a mim só me saiu F**** eia quando consegui o fato, era azul turquesa, senti-me um elefante numa cristaleira, só pensava "o top vai cair-me, a saia vai cair-me, o sinto vai cair-me, rais parta, só me meto em broncas"...mas a verdade é que me diverti muito no espetáculo.
Depois disso ainda andei lá mais uns meses e tive de sair por razões profissionais.
Mas o bichinho ficou a morder e no ano seguinte voltei à mesma escola, mas com Estefânia Mahin. Adorei esta professora, ainda guardo uma pulseira que me ofereceu e quando danço, danço com ela. Hoje ela está no Brazil, mas digamos que foi um preâmbulo para o que viria a seguir, pois certo dia desabafei com ela sobre a minha amiga que estava com alguns problemas. A Estefânia disse-me algo que me marca até hoje: "Susana, eu vejo que ainda não estás bem, por isso, não tentes ajudá-la, não podes dar algo que não tens, assim, se não estas bem não podes ajudar ninguem a estar bem". Na altura não percebi a profundidade destas palavras. Mas foram o rastilho para o que viria depois.
Para substituir a Estefânia, veio a Sara Montano, uma grande bailarina mesmo, mas estive pouco tempo com ela pois tive de parar de dançar novamente, desta feita por uma lesão no joelho. Mas a Sara fez-me uma faísca na mente durante uma certa aula: eu adoro cores mais escuras e prefiro dançar envergando essas mesmas cores e certo dia a Sara disse "fazes lembrar a Rachel Brice com essas flores no cabelo e essa roupa" cheguei a casa e fui à net ver quem era essa tal Rachel Brice...adorei, se gostarem deste tema, pesquisem também, adorava chegar-lhe aos calcanhares mas com a Rachel percebí que eu queria aprender era Tribal Fusion pois junta o meu estilo musical preferido ao estilo de dança que pratico...ouro sobre azul! Depois disto, o ateneu fechou portas e procurei uma outra escola. Aqui entra a Dançatitude. E por ironia do destino, tinha as derivações todas do oriental: o American Tribal Stile, Dança Oriental Terapêutica, Urban Fusion, Bollywood, Odissi e claro, Oriental puro e duro. No inicio alinhei em todas. menos odissi e bollywood. Agora vou deter-me falando um pouco de cada estilo:
-American Tribal Stile (ATS): Mistura de folclore com dança oriental. Pensem nas "bruxas",nas druidas que se juntam na floresta e dançam à volta de fogueiras, que partilham sabedoria, conhecimento, etc...esta é a dança delas. O seu vestuário é feito de objetos com historias por trás, nenhum objeto é usado por acaso, eu costumo dizer que são mais para ser sentidos do que para serem vistos. É aqui que me sinto em casa.
-Urban Fusion: Mistura de ritmos urbanos (hip-hop, industrial...) com oriental. Pensem nas amazonas. Mulheres fortissimas, moviemntos cheios de tensão, caras de más. Abandonei estas aulas também por essa energia forte, masculina, que transmite. Gosto da musica, mas não gosto de dançar com tensão toda uma coreografia. Mas admito que em parte estou errada pois também preciso dessa energia masculina, forte em mim. É uma das coisas que falta à minha dança, essa tensão. Para além disso, sou baixinha e gorducha, pelo que o meu corpo não me deixa fazer a maioria dos movimentos.
-Oriental: Dança oriental misturada com dança oriental lol. Pensem nas odaliscas, que dançam de dentro para fora. O seu vestuário é muito ornamentado, quanto mais brilho melhor.
-Odissi: É o ballet indiano. É dificilimo, é necessária muita destreza fisica pois a postura base para esta dança é sobre os joelhos, pelo que temos de nos abrir e sair para fora de nós mesmas para conseguir suportar a dor. Para além disso, os movimentos são carregados de espiritualidade, na verdade esta dança é uma prece aos deuses, tendo até um abecedário. São feitos com muita tensão mas aparentando suavidade. Parece mas não é fácil.
-Bollywood: quem nunca viu pelo menos um filme indiano? numa palavra: pinotes. Esta dança é completamente livre, é só ouvir e dançar com graciosidade...alguns movimentos parecem inventandos por maluquinhos, mas como diz o outro "tá engrassade".
Como disse na minha apresentação, abandonei todos os estilos e hoje so pratico ATS, com o qual me identifico, para além de que a professora ensina da maneira que acho que é mais correcta, isto é, explicando o verdadeiro significado dos movimentos e a energia que encerram.
Assim, aos poucos fui percebendo que a dança não são só movimentos, mas também energia. Aprendi que a beleza não está nas nossas medidas mas na energia que colocamos em cada movimento, se for a correcta, o movimento sai LINDO, se não....sai aquilo que eu faço ahahahaha.
E ficou dado o mote para a etapa seguinte subordinada ao tema: ENERGIA. A minha professora Carla falou-me do Reiki, que ia ministrar iniciação ao Reiki e tal...não sei porque raios, resolvi alinhar. naquela de perceber o que era aquilo, na brincadeira.
Antes de avançar, tenho de vos falar de alguém que me é muito querido e que teve o seu "quinhão" de culpa nisto: o meu namorado. Ele tem dons mediunicos, ou seja, vê, sente, ouve energias de vivos e mortos. Tem até "flashes" de visões sobre o futuro, que depois se concretizam. Mas tem um defeito: Não quer saber deste dom. A minha professora disse-me que ele deveria aprender a controlar o dom, para seu bem, pois deve aprender a "limpar" o espirito dele de vez em quando ou dará em doido. Mas ele nem quer ouvir falar disso.
E, também com o intuito de perceber este dom do meu namorado, talvez para arranjar forma de o ajudar, alinhei nesse curso da Carla. Mal sabia eu que aquilo me estava destinado a mim, que o Reiki me tinha apanhado e não fui eu que me meti no Reiki. Isso mesmo foi-me dito. Essa sessão marcou o meu nascimento para o espiritual. Até então eu gostava de fanstasmas como figuras míticas, lendárias, inexistentes....o que o meu namorado tinha era alguma coisa estranha que provavelmente tem explicação cientifica, fadas??? looool vida após a morte? claro que não...e assim. O primeiro exercicio pos-me K.O, a pensar duas vezes nas minhas crenças: olhar no fundo dos olhos do colega da esquerda e dizer o que nos transmitem esses olhos. Eu olhei nos olhos da minha colega e veio-me uma palavra à cabeça: "Cansaço" e disse-o em alta voz. A senhora disse-me que tem filhos pequenos e toma conta da sua mãe, acamada...efetivamente está muito cansada mesmo. Sobre mim, a senhora disse que vira alegria, uma alegria tremenda de viver, sentiu que sou uma pessoa extremamente alegre. Bah, coincidência. Exercicio 2: sentir o campo magnético. Aqui apeteceu-me rir, não sentimos energia, não sentimos nada que seja invisivel, ddaahh....charlatanices...a porra é que pus as mãos à volta da minha colega e senti o calor que emanava. E para meu espanto, esse calor, essa energia...chama-se aura! passei-me, quase entrei em negação. Depois a Carla pediu-nos para pensarmos num sentimento, uma ideia, para passar à nossa colega. Colocámos as mãos perto da pessoa e passámos essa ideia. A minha colega identificou o que eu lhe passei: PAZ. Fiquei sem palavras. Depois meditámos para conhecer o nosso mestre ascencionado. Até hoje não sei como ele se chama mas já o vi em meditações, sinto-o e oiço-o quando faço reiki. Tem um sotaque indiano muito engraçado, é mesmo castiço. Anda sempre de branco, chega a irritar-me o senhor, tem a côr branca associada a si.
A partir daquele dia, comecei a curar-me com Reiki regularmente. A meditação foi o passo seguinte, esse dado através do mestre guia, que não me disse para meditar, apenas para me sentar quietinha de olhos fechados. E guiou-me através da meditação. Senti o meu corpo a rodar a dada altura e vi estrelas por todos os lados, como se estivesse no espaço sideral. Vi o meu mestre guia a dar-me as boas vindas em direção a uma luz branca. Após essa luz apareceram os meus parentes já falecidos. Segundo a minha mestre Carla, acabara de fazer uma viagem astral sem querer aahahahahahah.
Agora mais recentemente, o aparelho sensorial tem mudado muito desde uma meditação que fiz em que o meu mestre me meteu uma luz branca no chacra frontal. Agora, por exemplo, consigo sentir o meu namorado. Se me perder dele, por exemplo numa loja, consigo ir ter com ele, sem saber onde ele está, apenas com senti-lo.
Entretanto, tive um sonho estranho em que eu era um homem em cima de um comboio aos tiros de caçadeira contra outro homem, vestidos à cowboy. Faltaram-me os cartuchos e saltei para um lago. Com o impacto desci muito fundo e pensei "porra, vou morrer agora" e ouvi algo dizer "deixa lá, voltas a nascer" e ao emergir à superficie, emergi como sou, no meu corpo atual. A Carla disse-me que isto foi uma regressão involuntária. Fiquei a saber porque tenho medo de nadar debaixo de água fora um homem que morreu afogado numa outra vida ahahahah
Numa outra meditação, falei com um parente meu, já vos digo porquê, mas estableci uma ligação telepática com ele. A minha mestre Carla tinha-me dito para tentar fazer isso. Assim fiz e consegui falar com o meu parente. Mas bem antes de falar ao meu parente, apareceram-me duas imagens brancas em fundo negro: uma parecia um cogumelo, a outra, duas bolinhas pegadas que depois se separaram. Fui à net pesquisar...a 1ª imagem que eu vira era um cancro do figado a alastrar, a 2ª eram os organismos que dão inicio ao cancro do figado...porque vira eu isto? o meu parente está em fase terminal com um cancro no esófago e outro no fígado e ele sabe-o. A minha mestre pedira para establecer uma ligação com ele para transmitir-lhe amor, dado que já não o posso curar, ele está destinado a transmutar-se. Há dias meditei e vio-o num caixão e o espirito a deixar o seu corpo. Pode estar eminente a sua partida. Essa visão doeu-me particularmente. A Carla, disse que isto de ver as doenças é normal e vai acontecer mais vezes e de forma mais fácil. Acontece é que tenho essas visões só na meditação porque ainda não atingi a frequência certa fora da meditação. Cada vez tenho mais surpresas, vou sentindo mais coisas, mas segundo ela, todas estas mudanças são normais, ela pediu para não me assustar, é mesmo normal, é o segundo nível que está próximo.
No meio disto tudo, o que mais me dói é a postura da minha família em relação a isto da espiritualidade. Eles não acreditam em nada disto. Aqui há dias senti o meu avô materno, que já faleceu. Disse-o à minha mãe e ela chamou-me doida varrida, ficou chateada e tudo. Chateia-me que não me oiçam porque sei que poderia transmitir-lhes esperanças em relação aos seus entes passados, mostrar-lhes que é possivel contactá-los, senti-los quando andam ao pé de nós, entre outras coisas, claro. Mas tenho de aceitar. Quanto ao meu namorado, ele não gosta destas minhas novas práticas, pois tem medo que atraia más energias. Mas tem vindo a aceitar e até me tem dado umas dicas, é curioso que entrei num mundo para o compreender e ele e acabei por me descobrir a mim. Mas agora também o compreendo, sofre mesmo muito.
Talvez me tenha desviado do tópico mas no fundo acabei por mostrar que a dança me guiou até à espiritualidade, e sem querer aprendi que a dança sem a energia correta, sem uma certa espiritualidade, são só movimentos erráticos. A dançar dança oriental podemos desenhar um 8 horizontal ou vertical, é o chamado infinito. E podemos refletir sobre a nossa vida através desse movimento, pois ele reune o passado, presente e futuro e como tudo se influência mutuamente. Assim, podemos desbloquear complexos antigos, por exemplo. Simulamos também o movimento da Kundalini, que vai desenhando o infinito até acordar de vez e percorrer o corpo todo à procura de bloqueios. Podemos ainda encarnar animais através da dança, e várias coisas que ainda não aprendi porque só agora estou a aprender com a minha mestre. Mas a viagem já começou!
Abri este tópico para vos contar como a dança oriental mudou o meu corpo e a minha mente. Tudo começou há cerca de 5 anos, uma prima minha afastada, minha amiga, incitou-me a inscrever-nos em aulas de dança oriental. Ora eu não achava piada nenhuma a andar de barriga á mostra, eu sempre convivi mal com o meu corpo...mas lá no fundo, no fundo, eu gostava daquela dança e resolvi experimentar.
Inscrevemo-nos no ateneu de Lisboa, tivemos aulas com Mohammed El Masseri, que eu estranhei pois as alunas vinham vestidas com roupa de espetáculo, ou seja, tops cheios de enfeites, saias esvoaçantes...e eu de calças de fato de treino e t-shirt de Rammstein, e a minha prima com indumentária semelhante. A dada altura tive de puxar a camisola pra cima para "se verem os movimentos" como dizia o professor. Aquilo fez-me uma tremenda confusão, senti-me nua eheheh. Para piorar, o professor disse que estava pra breve o espetáculo de final de ano do Ateneu, pelo que iriamos começar a treinar a coreografia a ser apresentada, para além disso, quem não tivesse fato, que arranjasse. A minha prima ficou radiante...a mim só me saiu F**** eia quando consegui o fato, era azul turquesa, senti-me um elefante numa cristaleira, só pensava "o top vai cair-me, a saia vai cair-me, o sinto vai cair-me, rais parta, só me meto em broncas"...mas a verdade é que me diverti muito no espetáculo.
Depois disso ainda andei lá mais uns meses e tive de sair por razões profissionais.
Mas o bichinho ficou a morder e no ano seguinte voltei à mesma escola, mas com Estefânia Mahin. Adorei esta professora, ainda guardo uma pulseira que me ofereceu e quando danço, danço com ela. Hoje ela está no Brazil, mas digamos que foi um preâmbulo para o que viria a seguir, pois certo dia desabafei com ela sobre a minha amiga que estava com alguns problemas. A Estefânia disse-me algo que me marca até hoje: "Susana, eu vejo que ainda não estás bem, por isso, não tentes ajudá-la, não podes dar algo que não tens, assim, se não estas bem não podes ajudar ninguem a estar bem". Na altura não percebi a profundidade destas palavras. Mas foram o rastilho para o que viria depois.
Para substituir a Estefânia, veio a Sara Montano, uma grande bailarina mesmo, mas estive pouco tempo com ela pois tive de parar de dançar novamente, desta feita por uma lesão no joelho. Mas a Sara fez-me uma faísca na mente durante uma certa aula: eu adoro cores mais escuras e prefiro dançar envergando essas mesmas cores e certo dia a Sara disse "fazes lembrar a Rachel Brice com essas flores no cabelo e essa roupa" cheguei a casa e fui à net ver quem era essa tal Rachel Brice...adorei, se gostarem deste tema, pesquisem também, adorava chegar-lhe aos calcanhares mas com a Rachel percebí que eu queria aprender era Tribal Fusion pois junta o meu estilo musical preferido ao estilo de dança que pratico...ouro sobre azul! Depois disto, o ateneu fechou portas e procurei uma outra escola. Aqui entra a Dançatitude. E por ironia do destino, tinha as derivações todas do oriental: o American Tribal Stile, Dança Oriental Terapêutica, Urban Fusion, Bollywood, Odissi e claro, Oriental puro e duro. No inicio alinhei em todas. menos odissi e bollywood. Agora vou deter-me falando um pouco de cada estilo:
-American Tribal Stile (ATS): Mistura de folclore com dança oriental. Pensem nas "bruxas",nas druidas que se juntam na floresta e dançam à volta de fogueiras, que partilham sabedoria, conhecimento, etc...esta é a dança delas. O seu vestuário é feito de objetos com historias por trás, nenhum objeto é usado por acaso, eu costumo dizer que são mais para ser sentidos do que para serem vistos. É aqui que me sinto em casa.
-Urban Fusion: Mistura de ritmos urbanos (hip-hop, industrial...) com oriental. Pensem nas amazonas. Mulheres fortissimas, moviemntos cheios de tensão, caras de más. Abandonei estas aulas também por essa energia forte, masculina, que transmite. Gosto da musica, mas não gosto de dançar com tensão toda uma coreografia. Mas admito que em parte estou errada pois também preciso dessa energia masculina, forte em mim. É uma das coisas que falta à minha dança, essa tensão. Para além disso, sou baixinha e gorducha, pelo que o meu corpo não me deixa fazer a maioria dos movimentos.
-Oriental: Dança oriental misturada com dança oriental lol. Pensem nas odaliscas, que dançam de dentro para fora. O seu vestuário é muito ornamentado, quanto mais brilho melhor.
-Odissi: É o ballet indiano. É dificilimo, é necessária muita destreza fisica pois a postura base para esta dança é sobre os joelhos, pelo que temos de nos abrir e sair para fora de nós mesmas para conseguir suportar a dor. Para além disso, os movimentos são carregados de espiritualidade, na verdade esta dança é uma prece aos deuses, tendo até um abecedário. São feitos com muita tensão mas aparentando suavidade. Parece mas não é fácil.
-Bollywood: quem nunca viu pelo menos um filme indiano? numa palavra: pinotes. Esta dança é completamente livre, é só ouvir e dançar com graciosidade...alguns movimentos parecem inventandos por maluquinhos, mas como diz o outro "tá engrassade".
Como disse na minha apresentação, abandonei todos os estilos e hoje so pratico ATS, com o qual me identifico, para além de que a professora ensina da maneira que acho que é mais correcta, isto é, explicando o verdadeiro significado dos movimentos e a energia que encerram.
Assim, aos poucos fui percebendo que a dança não são só movimentos, mas também energia. Aprendi que a beleza não está nas nossas medidas mas na energia que colocamos em cada movimento, se for a correcta, o movimento sai LINDO, se não....sai aquilo que eu faço ahahahaha.
E ficou dado o mote para a etapa seguinte subordinada ao tema: ENERGIA. A minha professora Carla falou-me do Reiki, que ia ministrar iniciação ao Reiki e tal...não sei porque raios, resolvi alinhar. naquela de perceber o que era aquilo, na brincadeira.
Antes de avançar, tenho de vos falar de alguém que me é muito querido e que teve o seu "quinhão" de culpa nisto: o meu namorado. Ele tem dons mediunicos, ou seja, vê, sente, ouve energias de vivos e mortos. Tem até "flashes" de visões sobre o futuro, que depois se concretizam. Mas tem um defeito: Não quer saber deste dom. A minha professora disse-me que ele deveria aprender a controlar o dom, para seu bem, pois deve aprender a "limpar" o espirito dele de vez em quando ou dará em doido. Mas ele nem quer ouvir falar disso.
E, também com o intuito de perceber este dom do meu namorado, talvez para arranjar forma de o ajudar, alinhei nesse curso da Carla. Mal sabia eu que aquilo me estava destinado a mim, que o Reiki me tinha apanhado e não fui eu que me meti no Reiki. Isso mesmo foi-me dito. Essa sessão marcou o meu nascimento para o espiritual. Até então eu gostava de fanstasmas como figuras míticas, lendárias, inexistentes....o que o meu namorado tinha era alguma coisa estranha que provavelmente tem explicação cientifica, fadas??? looool vida após a morte? claro que não...e assim. O primeiro exercicio pos-me K.O, a pensar duas vezes nas minhas crenças: olhar no fundo dos olhos do colega da esquerda e dizer o que nos transmitem esses olhos. Eu olhei nos olhos da minha colega e veio-me uma palavra à cabeça: "Cansaço" e disse-o em alta voz. A senhora disse-me que tem filhos pequenos e toma conta da sua mãe, acamada...efetivamente está muito cansada mesmo. Sobre mim, a senhora disse que vira alegria, uma alegria tremenda de viver, sentiu que sou uma pessoa extremamente alegre. Bah, coincidência. Exercicio 2: sentir o campo magnético. Aqui apeteceu-me rir, não sentimos energia, não sentimos nada que seja invisivel, ddaahh....charlatanices...a porra é que pus as mãos à volta da minha colega e senti o calor que emanava. E para meu espanto, esse calor, essa energia...chama-se aura! passei-me, quase entrei em negação. Depois a Carla pediu-nos para pensarmos num sentimento, uma ideia, para passar à nossa colega. Colocámos as mãos perto da pessoa e passámos essa ideia. A minha colega identificou o que eu lhe passei: PAZ. Fiquei sem palavras. Depois meditámos para conhecer o nosso mestre ascencionado. Até hoje não sei como ele se chama mas já o vi em meditações, sinto-o e oiço-o quando faço reiki. Tem um sotaque indiano muito engraçado, é mesmo castiço. Anda sempre de branco, chega a irritar-me o senhor, tem a côr branca associada a si.
A partir daquele dia, comecei a curar-me com Reiki regularmente. A meditação foi o passo seguinte, esse dado através do mestre guia, que não me disse para meditar, apenas para me sentar quietinha de olhos fechados. E guiou-me através da meditação. Senti o meu corpo a rodar a dada altura e vi estrelas por todos os lados, como se estivesse no espaço sideral. Vi o meu mestre guia a dar-me as boas vindas em direção a uma luz branca. Após essa luz apareceram os meus parentes já falecidos. Segundo a minha mestre Carla, acabara de fazer uma viagem astral sem querer aahahahahahah.
Agora mais recentemente, o aparelho sensorial tem mudado muito desde uma meditação que fiz em que o meu mestre me meteu uma luz branca no chacra frontal. Agora, por exemplo, consigo sentir o meu namorado. Se me perder dele, por exemplo numa loja, consigo ir ter com ele, sem saber onde ele está, apenas com senti-lo.
Entretanto, tive um sonho estranho em que eu era um homem em cima de um comboio aos tiros de caçadeira contra outro homem, vestidos à cowboy. Faltaram-me os cartuchos e saltei para um lago. Com o impacto desci muito fundo e pensei "porra, vou morrer agora" e ouvi algo dizer "deixa lá, voltas a nascer" e ao emergir à superficie, emergi como sou, no meu corpo atual. A Carla disse-me que isto foi uma regressão involuntária. Fiquei a saber porque tenho medo de nadar debaixo de água fora um homem que morreu afogado numa outra vida ahahahah
Numa outra meditação, falei com um parente meu, já vos digo porquê, mas estableci uma ligação telepática com ele. A minha mestre Carla tinha-me dito para tentar fazer isso. Assim fiz e consegui falar com o meu parente. Mas bem antes de falar ao meu parente, apareceram-me duas imagens brancas em fundo negro: uma parecia um cogumelo, a outra, duas bolinhas pegadas que depois se separaram. Fui à net pesquisar...a 1ª imagem que eu vira era um cancro do figado a alastrar, a 2ª eram os organismos que dão inicio ao cancro do figado...porque vira eu isto? o meu parente está em fase terminal com um cancro no esófago e outro no fígado e ele sabe-o. A minha mestre pedira para establecer uma ligação com ele para transmitir-lhe amor, dado que já não o posso curar, ele está destinado a transmutar-se. Há dias meditei e vio-o num caixão e o espirito a deixar o seu corpo. Pode estar eminente a sua partida. Essa visão doeu-me particularmente. A Carla, disse que isto de ver as doenças é normal e vai acontecer mais vezes e de forma mais fácil. Acontece é que tenho essas visões só na meditação porque ainda não atingi a frequência certa fora da meditação. Cada vez tenho mais surpresas, vou sentindo mais coisas, mas segundo ela, todas estas mudanças são normais, ela pediu para não me assustar, é mesmo normal, é o segundo nível que está próximo.
No meio disto tudo, o que mais me dói é a postura da minha família em relação a isto da espiritualidade. Eles não acreditam em nada disto. Aqui há dias senti o meu avô materno, que já faleceu. Disse-o à minha mãe e ela chamou-me doida varrida, ficou chateada e tudo. Chateia-me que não me oiçam porque sei que poderia transmitir-lhes esperanças em relação aos seus entes passados, mostrar-lhes que é possivel contactá-los, senti-los quando andam ao pé de nós, entre outras coisas, claro. Mas tenho de aceitar. Quanto ao meu namorado, ele não gosta destas minhas novas práticas, pois tem medo que atraia más energias. Mas tem vindo a aceitar e até me tem dado umas dicas, é curioso que entrei num mundo para o compreender e ele e acabei por me descobrir a mim. Mas agora também o compreendo, sofre mesmo muito.
Talvez me tenha desviado do tópico mas no fundo acabei por mostrar que a dança me guiou até à espiritualidade, e sem querer aprendi que a dança sem a energia correta, sem uma certa espiritualidade, são só movimentos erráticos. A dançar dança oriental podemos desenhar um 8 horizontal ou vertical, é o chamado infinito. E podemos refletir sobre a nossa vida através desse movimento, pois ele reune o passado, presente e futuro e como tudo se influência mutuamente. Assim, podemos desbloquear complexos antigos, por exemplo. Simulamos também o movimento da Kundalini, que vai desenhando o infinito até acordar de vez e percorrer o corpo todo à procura de bloqueios. Podemos ainda encarnar animais através da dança, e várias coisas que ainda não aprendi porque só agora estou a aprender com a minha mestre. Mas a viagem já começou!